Federação dos Médicos é recebida no Ministério do Trabalho. E o ataque à equipe de combate ao trabalho escravo passa em branco

Em postagem anterior noticiei o ataque sofrido por uma equipe do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) quando realizava operação de combate ao trabalho escravo no interior do município de São Félix do Xingu, no Pará. O fato ocorreu no dia 18.

O SINAIT logo divulgou uma Nota de Repúdio a esse atentado.

Enquanto isso, o Ministério do Trabalho se manteve em silêncio.

A notícia da visita de lideranças dos médicos ao ministro Ronaldo Nogueira foi publicada no site do Ministério às 18h07 do dia 19.

É lamentável - e também uma surpresa - que nenhuma nota do ministro a respeito do atentado sofrido pela equipe tenha sido emitida.

A Assessoria de Imprensa do novo ministro precisa melhorar. Ou talvez não vejam tanta importância no fato. Outra hipótese é que a Secretaria de Inspeção do Trabalho, que foi cientificada de toda a ocorrência, não tenha informado o ministro.

Essas omissões das autoridades é que reforçam a sensação de impunidade que incentiva malfeitores a agirem à margem da lei.

É inadmissível que que as principais autoridades do Pais esperem outra chacina para mostrar reação estatal conjugada contra esse tipo de violência. A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, parceiras no combate ao trabalho escravo, já executam suas missões para reprimir os criminosos e seus mandantes. Mas espera-se mais do ministro Ronaldo Nogueira.

A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) já lançou sua nota de repúdio.